O deputado federal Silvio Costa Filho
(Republicanos), cada vez mais, vem mostrando preocupação com a economia
brasileira. Os números recentes, apresentados pelo mercado e pelo próprio
Governo Federal, reforçam o que o parlamentar vem colocando. “Tenho externado,
já há algum tempo, preocupação com a economia brasileira. Aumento da inflação e
da taxa de juros, risco fiscal, baixo investimento, aumento do desemprego e
crises institucionais permanentes. Isso só faz ampliar as incertezas com a
economia. As projeções já apontam uma queda para o ano de 2022”, alerta Costa
Filho.
As incertezas sobre a economia
brasileira cresceram nas últimas semanas com o aumento do risco fiscal e
político, além da crise hídrica. Isto está fazendo com que instituições
financeiras revejam suas expectativas em relação a 2021 e 2022. A XP
Investimentos aponta que a pressão sobre a inflação corrente está se mostrando
mais persistente e disseminada. Aliado à alta nas incertezas fiscais, ela reviu
para cima a projeção para a Selic no final do ano, que passou de 7,25% ao ano
para 8,5%. O Itaú espera que a inflação seja mais alta neste ano e no ano que
vem, atingindo, respectivamente, 8,4% e 4,2%. Ela segue alta e mostra que os
repasses ocorrem, até mesmo, entre os serviços. Diante desse cenário, o banco
reviu sua expectativa para o juro. A expectativa atual é que chegue a 9% em
2022.
Já o desemprego no Brasil atingiu
14,8 milhões no trimestre encerrado no último mês de maio, segundo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego foi a
segunda mais alta da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012 e
desacelerou na comparação com os dois trimestres anteriores, que registraram
taxa de 14,7%, recorde até então. “Na comparação com o mesmo trimestre do ano
passado, o número de desempregados aumentou em 2 milhões de pessoas, já venho
apontando que esse é número bem assustador”, diz o parlamentar.
Outro dado preocupante apontado por
Silvio Costa Filho é que, segundo a Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é a única grande economia com
expansão perdendo força. “Nos países desenvolvidos a tendência é de crescimento
econômico moderado, infelizmente o Brasil é a única grande economia que já
entrou em desaceleração”, ressalta.
“Temos uma série de indicadores
extremamente preocupantes. A inflação, cuja meta era de 3,75%, já está com mais
de 8%; a taxa Selic, com projeção de 8,5%; o baixo investimento, com menos de
3% do PIB; além do risco fiscal e risco-país. E, também, já são 14,8 milhões de
pessoas buscando uma vaga de emprego. É preciso que, urgentemente, o Ministério
da Economia apresente um plano econômico com começo, meio e fim, com ações
concretas para que possamos retomar o crescimento econômico e a geração de
emprego e renda no Brasil”, conclui Costa Filho.