Quanto mais segura sobre os detalhes do processo gestacional, melhor e mais tranquilo será o parto de uma mulher, garantem os especialistas. De acordo com a obstetra do Instituto Materno-Infantil Professor Fernando Figueira (Imip), Vilma Guimarães, essa é uma das mais importantes funções do pré-natal: dar tranquilidade e segurança aos futuros papais, orientando-os e acompanhando todo o processo.
Segundo a médica, a situação ideal é aquela em que a mulher se prepara previamente para a concepção de um novo ser, iniciando o acompanhamento médico já nesse processo. Mas, como isso geralmente não ocorre, a indicação é de que o pré-natal seja então iniciado imediatamente após a descoberta da gravidez.
“Alguns cuidados, como perder peso – em caso de pacientes obesas, ou iniciar a ingestão de ácido fólico (que evita a má-formação do bebê), deveriam ser iniciados quando a mulher começa a pensar em engravidar. De toda forma, é fundamental que após a descoberta da gestação, isso seja iniciado imediatamente”, explicou.
De acordo com a obstetra, as consultas ao médico devem ser mensais até o 7º mês de gestação, e quinzenais após esse período até o 9º mês. Se a gestação passar dos nove meses exatos, o que pode ocorrer em alguns casos, a visita ao especialista deve ocorrer semanalmente.
Além de tirar dúvidas e acompanhar o desenrolar da gestação, outra importante função do pré-natal é detectar e prevenir possíveis problemas de saúde que tanto o bebê quanto a mãe podem vir a desenvolver. Segundo a Dra. Vilma, é comum que algumas grávidas apresentem quadros como hipertensão e diabetes gestacional e até mesmo lúpus. Isso deve ser monitorado de perto pelo médico para que não ofereça risco à vida da mãe ou da criança.
“Através da ultrassonografia hoje é possível detectar má-formações no feto, alterações no crescimento, síndromes ou defeitos congênitos e até mesmo alterações no fluxo sanguíneo entre mãe e bebê. Por isso é tão importante valorizar e realizar o pré-natal”, disse ainda a médica.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) abrange 100% dos pré-natais da rede pública. Todos os postos de saúde devem oferecer o serviço e, em caso de gestações consideradas de alto risco, as mulheres devem ser encaminhadas a uma rede especializada
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